Quarta-feira, 12 de Dezembro de 2007

Amanhecer (te)

Um ténue amanhecer
ia desfazendo e tenebrosa escuridão

As linhas acendiam-se aos poucos
e os movimentos ganhavam vida

Nossos corpos atraiam-se

Nessa sede de anos e vidas
meu lábios deslizaram na profundeza de teu corpo
minha língua te lambia
minha boca te sorvia

Parámos o tempo e o espaço

Cruzamos pernas e braços
esmagamos nossos peitos e corações

Agarramos cada pedaço de carne
trocamos narizes e odores
bebemos salibas
respiramos o mesmo ar
comemo-nos
mastigamo-nos
digerimo-nos

Percebemos que somos orgia
fermento fervente sem cessar
desejo insaciado
vontade de viver
e de matar

Percebi que já não vivo sem ti...


Manuel Neves
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publicado por A flor da pele às 21:50
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2 comentários:
De Rosa Silva ("Azoriana") a 26 de Março de 2008 às 20:58
Uma cordial saudação!

Então, para quando mais uns artigos? O tempo urge para não ficar no ano transacto.

Abraço
De NancyLix a 14 de Dezembro de 2008 às 10:48

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"Aquele que possui o teu tempo, possui a tua mente.
Muda o teu tempo e mudarás a tua mente.
Muda a tua mente e mudarás o mundo."

(José Argüelles)

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