Quarta-feira, 12 de Dezembro de 2007
Um ténue amanhecer
ia desfazendo e tenebrosa escuridão
As linhas acendiam-se aos poucos
e os movimentos ganhavam vida
Nossos corpos atraiam-se
Nessa sede de anos e vidas
meu lábios deslizaram na profundeza de teu corpo
minha língua te lambia
minha boca te sorvia
Parámos o tempo e o espaço
Cruzamos pernas e braços
esmagamos nossos peitos e corações
Agarramos cada pedaço de carne
trocamos narizes e odores
bebemos salibas
respiramos o mesmo ar
comemo-nos
mastigamo-nos
digerimo-nos
Percebemos que somos orgia
fermento fervente sem cessar
desejo insaciado
vontade de viver
e de matar
Percebi que já não vivo sem ti...
Manuel Neves
Uma cordial saudação!
Então, para quando mais uns artigos? O tempo urge para não ficar no ano transacto.
Abraço
De
NancyLix a 14 de Dezembro de 2008 às 10:48
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